O advogado Cezar Bitencourt, que representa o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, classificou de “pega-ratão” a ação controlada que culminou com a prisão do seu cliente e o indiciamento do presidente Michel Temer. A análise consta do agravo encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, pelo qual o advogado pede a libertação de Rocha Loures.
De acordo com Bitencourt, foi posta em prática contra Temer e o ex-deputado uma “armadilha travestida de ação controlada” ou um “flagrante provocado”. Ele se refere especialmente à gravação da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista e à filmagem de Rocha Loures correndo com uma mala recheada de propina.
No documento, ele admite que Temer pode ter cometido erro ao não denunciar Joesley pelos crimes que o empresário disse ter cometido. Relativizou, no entanto, se seria esse o crime de prevaricação. No entendimento de Bitencourt, há dúvidas sobre o dolo do presidente, que não tem entre suas atribuições cotidianas a prática de fazer denúncias criminais.