‘Brasil precisa de uma reforma ética’, diz bispo da CNBB

Em evento para anunciar a 23ª edição do Grito dos Excluídos, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defendeu uma “reforma ética” no Brasil. Representante da entidade e bispo emérito de Blumenau, Dom Angélico Sândalo Bernardino criticou governantes e parlamentares. Segundo ele, os políticos têm trabalhado apenas em causa própria, enquanto tiram direitos da população como saúde, emprego e segurança.

– O que acontece no país é uma pouca vergonha. É preciso uma reforma do comportamento das autoridades, uma revolução ética – defendeu o religioso nesta quinta-feira.

O ato, organizado pela CNBB com apoio de movimento sociais, tem como lema neste ano “Por direitos e democracia, a luta é todo dia.” As informações são de JUSSARA SOARES, O Globo.

Uma série de protestos está sendo marcada em todo o país no dia 7 de setembro, principalmente contra as reformas política, previdenciária e trabalhista. As propostas de privatização do governo Michel Temer (PMDB), que incluem a Eletrobrás, Casa da Moeda, portos e aeroportos, e a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) na Amazônia, também estarão na pauta dos manifestações.

– Vamos gritar contra essas reformas que prejudicam somente o povo, enquanto os marajás da república seguem tirando os direitos dos trabalhadores. Os decretos arbitrários deste governo e as privatizações devem cessar – defendeu o bispo.

No Rio de Janeiro, o protesto terá concentração às 9h, na Avenida Presidente Vargas, na esquina com a Rua Uruguaiana. Em São Paulo, os manifestantes partirão de dois pontos. Da Praça Oswaldo Cruz, no bairro do Paraíso, a passeata seguirá para o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera. Outro grupo partirá da Praça da Sé para a Praça Princesa Isabel, local na região central da capital conhecido como Cracolândia.

O Grito dos Excluídos surgiu em 1994 como uma iniciativa das pastorais sociais da Igreja Católica e ganhou o apoio de sindicatos e movimentos sociais. Neste ano, o ato também pedirá pelo fim da violência e desemprego no país.

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