Comissão do Senado adia votação da redução da maioridade penal

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação do pacote de projetos sobre redução da maioridade penal. Por 10 votos a favor e oito contrários, o colegiado aprovou nesta quarta-feira um requerimento da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) pedindo que a análise da matéria seja retomada em 1º de novembro.

Estavam na pauta quatro propostas de emenda à Constituição (PEC) que tratam do tema e tramitam em conjunto. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator dos projetos, protestou contra o adiamento, mas foi voto vencido.

— Continuaremos fugindo de fazer o enfrentamento desse tema? — questionou Ferraço.

A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) defendeu o adiamento afirmando que é preciso debater mais. O PT, que é contrário à redução da maioridade penal, tenta traçar uma estratégia para derrotar as propostas. As informações são de O Globo.

— Ao baixar a maioridade penal, isso cairá sobre os meninos pobres de periferia. Não vejo o Senado com tanta preocupação em outros casos, por exemplo, quando o filho da desembargadora foi pego com quilos de cocaína — defendeu Gleisi.

O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) também defendeu a rejeição das propostas:

— Falar em redução da maioridade penal, colocando menores nesses presídios dominados por facções, como se estivéssemos melhorando a situação da segurança pública é um contrassenso — afirmou o senador Lindbergh Farias.

O senador Magno Malta (PR-ES), defensor da redução da maioridade, rebateu os colegas, afirmando que os adolescentes têm consciência dos próprios atos.

— Penso que essa matéria está sendo votada com atraso, porque há adultos travestidos de crianças com escopetas, e não com chupetas. Você quer um homem desse estuprando e matando na rua ou numa cadeia? — rebateu Malta.

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