Depoimento de Rocha Loures à PF é adiado pela segunda vez

O depoimento de Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente Michel Temer, foi adiado pela segunda vez. Loures, que deveria depor nesta quarta-feira, será interrogado na sexta-feira. A Polícia Federal (PF) confirmou, no entanto, que o ex-assessor será transferido ainda nesta quarta para a Papuda. A defesa pediu para que o cabelo dele não seja raspado.

O depoimento foi adiado a pedido do advogado Cezar Bitencourt. Em petição apresentada ao ministro Edson Fachin, relator do caso no STF, Bitencourt argumenta que precisaria ter acesso à integra dos autos com um prazo de 48 horas antes do interrogatório. Fachin determinou que o procurador-geral da República se manifeste sobre o assunto. Antes da decisão final, no entanto, a PF entendeu que poderia deixar o depoimento remarcado para sexta-feira. O primeiro depoimento de Loures estava marcado para segunda.

Loures é acusado de receber R$ 500 mil em propina da JBS em nome de Temer. O suposto suborno seria a primeira parcela de uma propina de R$ 480 milhões a ser paga ao longo de 20 anos, conforme o sucesso das transações da empresa. As informações são de O Globo.

Temer e Loures são investigados por corrupção, obstrução de justiça e organização criminosa em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal a pedido do procurador-geral Rodrigo Janot. Para o procurador-geral, Loures era o “longa manus”, um faz-tudo do presidente.

As investigações sobre Temer e Loures começaram a partir da delação premiada do executivos da JBS, entre eles Joesley Batista, um dos donos da empresa. Numa conversa gravada com Temer no porão do Palácio do Jaburu na noite de 7 de março deste ano, Batista disse que, com o ex-ministro Geddel Vieira Lima investigado e fora de circulação, precisaria de um outro interlocutor que falasse em nome do presidente.

O empresário fez a pergunta depois de discorrer sobre vários crimes e interesses da JBS em cargos e decisões estratégicas governo. Temer indicou Loures.

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