De repente, em uma mistura de sorte e oportunidade, o Democratas, o antigo Partido da Frente Liberal (PFL), vive um momento de ascensão e se permite sonhar com voos mais altos. Após anos praticamente isolado na oposição radical aos governos petistas e ver a representatividade nacional minguar, chegou a ser fadado à extinção.
Agora, com a possibilidade de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se sentar na principal cadeira do Palácio do Planalto, a legenda voltou aos holofotes, virou um “partidão” e tem recebido assédios e paparicos de diversas frentes, até mesmo disputando parlamentares do PSB com o PMDB. “O DEM pode e deve pensar em uma campanha presidencial”, afirma o líder do partido na Câmara, Efraim Filho (PB).
“Ninguém investe politicamente em um partido que não tenha um projeto de poder. E, agora, está acontecendo uma possibilidade de ter um presidente a curto prazo. Político pende para onde o poder está”, comenta o doutor em ciência política José Matias-Pereira.
Para o professor da Universidade de Brasília (UnB), o crescimento do DEM também se deve ao desencantamento com a classe política pela população, que demonstra cada vez mais repúdio à polarização PT-PSDB, e passa por uma onda mais conservadora. “Os outros partidos estão indo para o fundo do poço e aqueles que ficam menos afetados nos escândalos acabam se destacando e se saindo melhor”, comenta Matias-Pereira. As informações são do Correio Braziliense.