Farra das passagens: Janot decide investigar quase 200 políticos oito anos após denúncia

Iniciadas em 2009 e ultimamente esquecidas em meio a idas e vindas burocráticas, as investigações sobre a chamada “farra das passagens” de parlamentares foram reativadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Série de reportagens que rendeu prêmios diversos ao Congresso em Foco, entre eles o Esso daquele ano, o caso revelou a verdadeira festa com dinheiro público que deputados, senadores, ministros e ex-figurões da República faziam ao usar cotas de passagens áreas restritas a parlamentares, com uma série de restrições. Agora, a cerca de um mês e meio do fim de seu mandato à frente do Ministério Público Federal (MPF), Janot retomou as investigações e informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que vai instaurar “notícia de fato” (apuração preliminar interna) sobre o assunto, com o objetivo de esclarecer o envolvimento de 199 políticos no esquema.

Entre os investigados estão senadores, deputados, ministros e ex-ministros de Estado ou do Tribunal de Contas da União, ex-parlamentares e demais figurões da República. De acordo com o vasto material a que este site teve acesso com exclusividade, pelo menos entre 2005 e 2009 as verbas reservadas para viagens aéreas, postas à disposição dos congressistas para deslocamento entre suas bases e Brasília, eram livremente usadas e negociadas (vendidas mesmo, em alguns casos) não só por parlamentares, mas também por servidores do Congresso.

Além disso, houve uma verdadeira festa em que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, ganhavam passagens aéreas de deputados ou senadores para viajar pelo Brasil ou pelo exterior, a maioria das vezes com cônjuges e familiares. Ou seja, a verba restrita aos congressistas era presenteada para amigos e parentes, sem qualquer critério ou controle por parte da Câmara e do Senado. Leia matéria completa AQUI.

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