A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu na Justiça Federal que o senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT-MS) perca os benefícios assegurados a ele no acordo de delação premiada, em razão de mentiras em depoimentos que acabaram por levar à abertura de uma ação penal.
Caso a Justiça concorde, e condene Delcídio no processo, o ex-parlamentar terá cumprir integralmente as penas imputadas pela prática dos crimes de obstrução à Justiça e patrocínio infiel. Ele ainda poderá responder por um terceiro crime: falsa imputação de crime.
O pedido da Procuradoria da República no DF, manifestado nas alegações finais do processo, inclui a remessa do caso à Procuradoria Geral da República (PGR) após uma eventual sentença, para que seja analisado uma perda total dos benefícios garantidos na delação premiada. O acordo de Delcidio foi assinado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. As alegações foram remetidas à Justiça nesta sexta-feira.
A intenção do Ministério Público Federal (MPF) de pedir a perda de benefícios dados a Delcídio foi antecipada pelo GLOBO em reportagem publicada no último domingo.