O volume recebido pelos maiores partidos saltaria de R$ 579,1 milhões para R$ 728,5 milhões. Individualmente, os maiores beneficiários seriam PT e PSDB. O primeiro saltaria de uma previsão de R$ 7,8 milhões para R$ 9,8 milhões. O segundo, de R$ 6,6 milhões para R$ 8,3 milhões.
Entre os que perderiam recursos estão siglas como o Partido Ecológico Nacional (R$ 5,8 milhões anuais) ou Partido Humanista da Solidariedade (R$ 7,7 milhões), segundo a Folha de São Paulo.
O fundo partidário é composto por recursos públicos e direcionado para que as siglas custeiem atividades como aluguel de sedes e serviços de comunicação.
Congressistas debatem criar um novo fundo, esse exclusivamente para financiar as campanhas, no valor de R$ 2,2 bilhões. Em sua divisão, as grande siglas teriam uma fatia menor na comparação com o financiamento empresarial, que foi proibido. Mas, se a cláusula de barreira passar, essas siglas tendem a ter mais espaço também na nova forma de financiamento.
A possibilidade de criação da cláusula gera uma grita naqueles que estão sob risco. Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), “a cláusula de barreira, que tem simpatia popular devido ao excesso de partidos, vários de aluguel, permitirá esse ‘rachuncho’ [divisão] do fundo partidário entre os maiores partidos.”
Presidente da comissão da reforma política na Câmara, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), discorda. “Quando se fala em cláusula, todos os cientistas políticos defendem. É um pedido da sociedade, não é de PMDB, de PT”, afirma.