Com o pior índice de popularidade desde o governo Sarney, na década de 1980, o presidente Michel Temer decidiu, por ora, engavetar medidas de ajuste fiscal, como o uso do FGTS para reduzir despesas com seguro-desemprego, que vinha sendo estudada pelo Ministério do Planejamento.
Apesar das dificuldades em fechar as contas públicas, o Palácio do Planalto quer focar em um pacote de bondades e lançar as medidas uma a uma, em atos solenes, na tentativa de impor uma agenda positiva.
Ontem mesmo, a Caixa informou que negocia empréstimos para estados e municípios, e o BNDES lançou um programa que facilita o crédito para pequenas e médias empresas. As informações são de O Globo.
Outra iniciativa é a liberação de R$ 1 bilhão para o Cartão Reforma, dinheiro da União a fundo perdido para custear reformas nas residências. Esses recursos foram incluídos no Avançar, que vai substituir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O novo programa, que nada mais é do que o estabelecimento de prioridades para projetos a serem inaugurados até 2018, conforme definiu um técnico do governo, também será lançado com pompa.
Há também pressão da ala política por redução de tributos e correção da tabela do Imposto de Renda (IR). Mas, como as medidas somente terão impacto para os contribuintes em 2018, só deverão ser anunciadas no fim do ano.