Os desfiles dos 19 trios elétricos, a custo estimado de R$ 2 milhões, contaram com atrações como a cantora Anitta, no trio do Uber, e Daniela Mercury, no da Skol – os dois patrocinadores do evento
Bruno Ribeiro e Felipe Resk, O Estado de S.Paulo
Aos gritos de “Fora, Temer!”, a 21ª Parada do Orgulho LGBT foi realizada neste domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo. Os organizadores do evento adotaram um tom político e pediram a realização de novas eleições presidenciais. A Polícia Militar não informou o número de pessoas que passaram pelo evento, mas a organização tinha a expectativa de reunir 2 milhões.
Trios elétricos. Os desfiles dos 19 trios elétricos, a custo estimado de R$ 2 milhões, contaram com atrações como a cantora Anitta, no trio do Uber, e Daniela Mercury, no da Skol – os dois patrocinadores do evento. Fafá de Belém e Tulipa Ruiz também fizeram parte da programação. Os trios desceram a Consolação até a Praça Roosevelt, onde ocorreram as dispersões. Às 19h30, já com o fim dos desfiles, ainda era grande a concentração de pessoas na região. O fluxo, por sua vez, fluía sem bloqueios na Estação República do Metrô, a mais perto do local
Por volta das 12h30, a atriz e apresentadora Fernanda Lima fez um discurso breve de abertura, em que defendeu a diversidade. “Estou muito emocionada”, disse. Embaixo do trio elétrico, o público puxou um “Fora, Temer”, que se repetiu em intervalos de poucos minutos.
Sempre presente na Parada LGBT, o vereador Eduardo Suplicy (PT) discursou. “É preciso que a Prefeitura continue o programa Transcidadania (de transferência de renda e formação profissional), que levou condição de respeito a centenas de transexuais”, afirmou. O deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB) destacou a evolução da Parada ao longo dos anos. “Na primeira reunião eram 200 pessoas.”
Estado laico. Neste ano, a Parada LGBT adotou como tema o combate ao “fundamentalismo religioso”. “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é Lei! Todas e todos por um Estado Laico”, diz o tema escolhido.