A Polícia Federal prendeu, neste sábado, Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca e considerado um dos maiores traficantes da América do Sul.
A Operação Spectrum foi deflagrada para desarticular a organização criminosa comandada por Cabeça Branca, e contou com 24 mandados judiciais: dois de prisão preventiva, três de condução coercitiva, nove de busca e apreensão em imóveis e dez de busca e apreensão de veículos.
Os mandados foram cumpridos em seis cidades: Sorriso (Mato Grosso), Londrina (Paraná), São Paulo, Araraquara, Cotia e Embu das Artes (as quatro em São Paulo). As ordens judiciais foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba. As informações são de O Globo.
Cabeça Branca tem condenações judiciais que somam mais de 50 anos de prisão. De acordo com a PF, ele alterou seu rosto por meio de cirurgias plásticas e estava vivendo com outro nome (Vitor Luiz de Moraes). A identidade dele foi confirmada pelo setor de perícia do órgão.
Ele responderá pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados e organização criminosa. Somadas, as penas passam de 20 anos de prisão.
Segundo a PF, foram apreendidos na operação deste sábado cerca de US$ 10 milhões em patrimônio, divididos em fazendas, aeronaves e outros imóveis e veículos de luxo.
O órgão estima, contudo, que o traficante possua US$ 100 milhões, incluindo contas bancárias em países fiscais e imóveis e veículos em nomes de laranja. A intenção é tentar recuperar esses dinheiro na segunda fase da operação.
Também serão realizados, por meio de cooperação internacional, mandados de busca e apreensão no Paraguai, país onde Cabeça Branca mantinha, de acordo com a PF, parte de suas operações criminosas.