Quase a metade dos membros da CCJ esconde seus votos

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Pelo menos 40% dos deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara ainda escondem o voto que darão na votação do relatório da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer no colegiado. A votação está prevista para as próximas semanas.

De acordo com um levantamento do portal Poder 360, do jornalista Fernando Rodrigues, o presidente está em desvantagem nos votos já declarados. No entanto, a tendência é que grande parte dos votos favoráveis a Michel Temer (PMDB) só seja revelada na hora da votação. É possível tirar a conclusão considerando-se que a maior parte dos parlamentares que omitem seu posicionamento votou contra a autorização para o prosseguimento da primeira denúncia contra Temer.

Hoje, os que se declaram favoráveis à continuidade do procedimento de investigação são 23 deputados, entre os 66 membros da CCJ. Em contrapartida, outros 13 parlamentares se declaram contrários ao pedido da Procuradoria Geral da República.

Além desses, dois parlamentares se dizem indecisos, e um, o presidente do colegiado, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), já avisou que vai se abster em razão do cargo. Os outros 27 parlamentares, ao serem procurados para o levantamento, não quiseram responder ou não foram encontrados para que dessem suas posições.

Até agora, de acordo com a enquete, apenas um parlamentar mudou de voto, o que tirou do presidente Michel Temer um apoio. O deputado Delegado Éder Mauro (PSD-PA), que havia votado com o governo na primeira denúncia, agora já avisou que defenderá a continuidade do procedimento investigatório no STF.

Outros dois parlamentares que votaram contra a primeira denúncia agora se dizem indecisos. Ambos são cearenses: Danilo Forte (PSB) e Genecias Noronha (SD).

Minas Gerais. Entre os 66 integrantes da CCJ, há dez parlamentares mineiros. Um deles é o relator Bonifácio de Andrada (PSDB), autor do relatório pró-Temer.

Do lado dos favoráveis ao prosseguimento da denúncia estão Júlio Delgado (PSB) e Patrus Ananias (PT). Os dois repetem o voto dado na primeira ocasião.

Da mesma forma, Paulo Abi-Ackel (PSDB), Luiz Fernando Faria (PP) e Bilac Pinto (PR) afirmam, segundo o Poder 360, que irão manter seus votos contra a denúncia.

Delegado Edson Moreira (PR), que votou contra o andamento da primeira denúncia, não quis se manifestar ao ser procurado pelo portal. Luiz Tibé (Avante) e Marcelo Aro (PHS) recusaram-se a responder à enquete. Ambos também votaram para proteger Michel Temer na primeira denúncia.

O outro mineiro na comissão é o presidente Rodrigo Pacheco, que, como dito acima, irá abster-se de votar. Na primeira denúncia, ele também recusou-se a dar uma posição tanto na CCJ quanto no plenário da Câmara.

O placar

23 parlamentares dizem que votarão a favor da denúncia

13 deputados colocam-se contrários à acusação

integrantes da CCJ ainda se dizem indecisos

1 parlamentar já avisou que vai se abster de votar

27 deputados não responderam ou não foram encontrados

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