Semana movimentada vai testar investidores brasileiros

Semana movimentada vai testar investidores brasileiros

Passada a eleição, com vitória do agora presidente eleito Lula, os investidores devem se debruçar sobre a conjuntura econômica global e nacional, além, é claro, de aguardar a indicação do novo ministério.

Pois bem, no que diz respeito à conjuntura, o cenário vai de mal a pior. Agora pela manhã, os números do PMI (Índice Gerente de Compras), um indicador de atividade econômica, da China vieram abaixo da expectativa e em território contracionista. Ainda que se atribua o resultado à política de Covid Zero, fica cada vez mais claro que a economia chinesa começa a patinar.

Na Europa, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Zona do Euro também veio pior que o esperado em 10,7% na comparação anual, contra 10,3 esperados e 10% da leitura do mês passado. O núcleo de inflação da região também veio acima da leitura anterior, mostrando resiliência inflacionária. Com isso, as expectativas para os juros no continente permanecem apontando para mais contração monetária, ou seja, taxas mais altas.

Nos Estados Unidos, na quarta-feira tem mais um aumento de juros previsto na reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto). O mercado espera uma elevação na taxa básica de 0,75 p.p., mas quer saber mesmo o que esperar para a reunião de dezembro. Boa parte dos investidores tem uma expectativa de que a autoridade monetária norte-americana pode desacelerar o ciclo de alta antes do fim do ano. Por isso, todos estarão de olho no comunidado do Comitê logo após a decisão.

Por aqui, a semana será movimentada com divulgação de balanços corporativos, ata do Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira e índice de atividade industrial, mas boa parte da atenção ainda ficará com a reação dos mercados a possíveis nomeações de Lula para o novo ministério e ao posicionamento de Bolsonaro sobre o resultado.

O Antagonista

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