Temer faz reunião com Maia e Eunício para discutir reforma da Previdência

Temer

O presidente Michel Temer convocou uma reunião neste domingo, 6, no Palácio do Planalto. Um dos objetivos do encontro, que terminou pouco depois das 15h30, era discutir a tramitação da reforma da Previdência. Além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e do Governo, Antônio Imbassahy, também participaram do encontro.

Quatro dias após ter a denúncia por corrupção passiva contra ele barrada pelo plenário da Câmara, Temer quis sondar com quantos votos pode contar para aprovar a reforma da Previdência, depois de enterrar a denúncia contra ele por corrupção passiva na Câmara, já que houve traições entre os aliados. A denúncia contra o presidente, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi rejeitada por 263 votos.

O peemedebista também debateu pontos da reforma tributária, especificamente uma simplificação do PIS/Cofins, e as próximas votações de medidas provisórias enviadas ao Congresso, como o Refis. As informações são de O Estado de São Paulo.

“O presidente pediu trabalho e empenho para que possamos cumprir a agenda econômica”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. “Debatemos a questão da Previdência e queremos avançar na simplificação tributária.”

A reunião não estava prevista na agenda e foi realizada no Planalto, o que não é comum aos fins de semana. Com a chegada do presidente ao Planalto, a visitação pública, que ocorre tradicionalmente aos domingos até as 14h, foi suspensa depois das 10h. Nos fins de semana, Temer costuma receber ministros, parlamentares e aliados no Palácio do Jaburu, onde mora com a família.

O encontro foi convocado porque o presidente viaja nesta segunda-feira, dia 7, para São Paulo, onde assinará acordo com a Prefeitura da capital paulista para sanar uma disputa judicial que se arrasta há cerca de 60 anos pela posse do terreno do aeroporto Campo de Marte. Nem os ministros nem os parlamentares deram declarações oficiais.

​Após o encerramento, Temer ficou reunido no gabinete presidencial com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por alguns minutos e depois deixou o Palácio. As visitas públicas ao Planalto ficaram suspensas por causa da presença das autoridades.

Para que a reforma da Previdência passe pela Câmara é necessário o apoio de 308 deputados e 49 senadores, em duas votações. Em entrevista ao Estado, publicada no sábado, 5, Temer admitiu que a reforma não será tão abrangente e pode se resumir à fixação da idade mínima e a corte de privilégios de servidores públicos.

Temer também elogiou a atuação de Rodrigo Maia nos últimos dias, tentando desfazer rumores de que sua relação com ele estaria abalada. “O presidente Rodrigo Maia se comporta como estadista porque cumpre rigorosamente o regimento interno da Câmara e a Constituição. O exemplo dele deve servir para vários outros militantes da área jurídica, que muitas vezes ultrapassam os limites da lei”, afirmou Temer ao Estado. “Toda vez que você ultrapassa os limites legais você está violando a autoridade e, portanto, abusando da autoridade. O Rodrigo Maia é zero em relação a isso.”

Para o presidente, muitos dos aliados que votaram contra ele na quarta-feira, 2, vão aprovar a reforma da Previdência. Questionado se confiava no apoio do PSDB, Temer respondeu: “Eu não acredito que eles votem contra o Brasil. Eles mesmo têm alardeado que têm compromisso com as reformas.”

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