Temer pressiona aliados na véspera de voto de relator sobre 2ª denúncia

Presidente Michel Temer durante cerimônia alusiva ao Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, em Brasília, nesta quarta

Aliado do Palácio do Planalto e crítico do trabalho da antiga cúpula do Ministério Público Federal, o deputado tucano Bonifácio de Andrada (MG) entrega nesta terça-feira (10) o parecer relativo à segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

Nos bastidores, os aliados de Temer tentam convencer o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) a liberar sua bancada a votar como quiser (na primeira denúncia ela votou integralmente contra Temer) e o PSB a manter na liderança a governista Tereza Cristina (MS).

Depois de algumas mudanças de membros do colegiado, aguarda-se ainda que o PSD substitua o deputado Expedito Netto (RO), que votou a favor da primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva.

“Esperamos que essa análise venha pelo arquivamento da denúncia. A gente espera repetir este número ou ter, eventualmente, um número maior”, disse o deputado Beto Mansur (PRB-SP). As informações são da Folha de São Paulo.

Na semana que vem todos os 132 membros da CCJ (66 titulares e igual número de suplentes) têm direito a falar, além de líderes de bancadas e 40 não-membros (metade a favor e metade contra a denúncia).

Apesar de Andrada pretender tratar os três casos de forma unitária, a oposição vai tentar fatiar as votações pois acredita ter maior apoio para aprovar as investigações contra os ministros.

A votação em plenário deve ocorrer na semana do dia 25 de outubro.

Para que o STF seja autorizado a analisar a denúncia é preciso o voto de pelo menos 342 dos 513 deputados.

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