Trump é processado por aceitar dinheiro de governos estrangeiros em suas empresas

Donald Trump

Os promotores-gerais de Maryland, Brian Frosh, e do Distrito de Colúmbia, Karl Racine, apresentaram nesta segunda-feira, 12, uma denúncia contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por receber dinheiro de governos estrangeiros por negociações das quais ele não se desvinculou totalmente.

A ação tem como base a denominada “cláusula de retribuições”, que proíbe aos altos funcionários americanos receber presentes ou outras formas de pagamento de governos estrangeiros.

Em entrevista coletiva em Washington, Racine disse que o processo foi aberto esta manhã em um tribunal federal por “flagrante violação” de Trump das provisões constitucionais contra a influência do dinheiro de interesses estrangeiros ou nacionais. As informações são de O Estado de São Paulo.

Eles consideram que “nunca antes” um presidente tinha tido uma conjunção tão grande de interesses econômicos dos quais não se desvinculou, o que põem “a democracia em risco”.

Frosh, por sua vez, afirmou que esperam que eventualmente os tribunais ou o Tribunal Supremo criem precedente e determinem por lei que Trump deve fazer mais para se desligar dos seus negócios, o que já fez renunciando de todas as responsabilidades na Trump Organization.

Os dois promotores-gerais consideram que Trump está violando as cláusulas da Constituição, já que alguns governos, como o saudita, estão “adoçando” as relações com a Casa Branca mediante a despesa de milhares de dólares nos hotéis de Trump, como o Trump International Hotel, muito perto da Casa Branca e no centro de Washington.

Uma ONG de defesa da ética já havia apresentado em janeiro uma ação judicial similar, mas esta seria a primeira por parte de instituições públicas.

A batalha, segundo os promotores, deve acabar provavelmente na Suprema Corte, com os advogados de Trump obrigados a defender, pois as declarações fiscais do presidente devem continuar sendo privadas.

O anúncio representa mais um problema para o republicano, que enfrenta investigações do Congresso e da Justiça sobre os supostos vínculos de sua campanha eleitoral com a Rússia. Segundo as agências de inteligência americanas, Moscou interferiu de forma agressiva na eleição de 2016 para ajudar na vitória de Trump.

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