Proprietário da Gente Seguradora, o empresário Sérgio Suslik Wais defende a dissolução do consórcio que gere o DPVAT, o seguro obrigatório para proprietários de veículos, e a migração para um sistema de competição, no qual o consumidor escolhe de quem comprar o produto.
A Gente é uma das associadas do consórcio, que passa este ano por uma debandada inédita em sua história, em meio a denúncias sobre fraudes e má gestão da Seguradora Líder, responsável por administrar o DPVAT.
É parte do grupo de seguradoras “independentes”, que participam do consórcio mas não do acordo de acionistas da Líder. Tem 1% de participação, mas é a empresa que mais recebe processos do DPVAT entre as associadas, com 21% do total.
Wais vê na debandada uma estratégia dos controladores para se desvincular das acusações, que são investigadas pelo Ministério Público Federal de Minas Gerais e critica a falta de ação das empresas que controlam o grupo.
Para ele, o governo deveria forçar a devolução ao consumidor do excedente de reservas técnicas do DPVAT. São cerca de R$ 4,4 bilhões, que a Procuradoria diz que resultam de fraudes. “Precisa investigar, punir os responsáveis e devolver o dinheiro para o consumidor.”
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