Flávio Rocha tenta emplacar candidatura ao som de dupla sertaneja

Aos gritos de “Brasil para frente, Rocha presidente” e “ou vai ou Rocha”, o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, admitiu para cerca de 4 mil pessoas neste sábado o seu interesse em ser candidato à Presidência da República. Durante discurso disse que, se uma candidatura ao Planalto encabeçada por seu nome ganhar musculatura, fará o possível para mudar o Brasil.

— Se por acaso acontecer (uma candidatura à Presidência), sou soldado, e com o apoio, energia, e solidariedade de vocês, farei o possível para mudar (o Brasil) — disse o empresário na manhã deste sábado em Parelhas, no interior do Rio Grande do Norte.

Rocha participou do 30° evento do Brasil 200, movimento fundado por ele, em janeiro e que defende um Estado liberal na economia e conservador nos costumes. O número faz referência aos 200 anos de independência do país, a ser celebrado em 2022.

Para embalar o evento deste sábado, foi criado até um jingle, chamado “Que seja feita a vontade do povo”, de autoria da dupla Mateus e Cristiano. Na chegada, ao som da música, interpretada ao vivo pelos cantores, Flávio foi recebido com ares de candidato, com várias pessoas o abraçando e pedindo para tirar selfies. As informações são de  LUÍS LIMA – O Globo.

— Temos que botar o nosso bloco na rua. Vamos destravar a economia. O governo tem que ajudar, e não atrapalhar —, afirmou Rocha.

A escolha de Parelhas foi estratégica. É na região do Seridó que o empresário implementou o Pró-sertão, voltado à instalação de fábricas têxteis. O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista, e amigo do empresário, compareceu ao evento.

Rocha ainda não se filiou a nenhum partido, e tem até o é 7 de abril para fazê-lo, caso queira efetivamente disputar as eleições. Na semana passada, em Brasília, teve conversas com integrantes do PP, PRB e PMDB. Ele foi à capital federal entregar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o plano de segurança do Brasil 200, que defende o endurecimento de penas para todos os crimes.

O empresário tem o apoio do Movimento Brasil Livre (MBL), que rompeu com o prefeito de São Paulo João Dória (PSDB) em janeiro, após o tucano chancelar a criação de diversas regras para motoristas de Uber e demais aplicativos de transporte na capital paulista.

Na quinta-feira, integrantes do MTST bloquearam a entrada de uma fábrica da Riachuelo na região metropolitana de Natal (RN). Em um vídeo, editado pelo MBL, o empresário chamou os invasores de “vagabundos” e “terroristas”.

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