Em meio ao debate sobre a manutenção da candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado em segunda instância na Operação Lava Jato, o ministro doTribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga questionou, nesta sexta-feira, 11, a possibilidade de um candidato inelegível ter seu nome na urna e prosseguir fazendo campanha eleitoral durante o pleito.
“Convém à democracia que uma pessoa sabidamente inelegível […] fique na urna, que ela prossiga a sua propaganda eleitoral? O Tribunal [Superior Eleitoral] tem um desafio”, declarou o ministro, durante debate sobre o desafio das eleições promovido pelo escritório Bonini Guedes na capital paulista. Ao fazer a declaração, ele não mencionou o ex-presidente Lula ou outro político. Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo
Gonzaga comentou, na sequência, que processos de políticos andam mais rápido na Justiça. “Algumas vezes, processos estão engavetados e só o cara se apresentar como político que o processo começa a andar com uma realidade meteórica”, disse.
O ministro citou a possibilidade de a Justiça Eleitoral impugnar uma candidatura “de ofício”, ou seja, sem ser provocada pelo Ministério Público. Se houver um pedido, a questão se estende mais, afirmou.