Alckmin não vai a evento com Temer em São Paulo

Sem Alckmin, coube a Doria afagar Temer.

Com a necessidade de restabelecer a aliança com o PSDB após apoio considerável do partido pelo prosseguimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção, o presidente Michel Temer participou nesta segunda-feira de um evento na prefeitura de São Paulo marcado pela ausência de lideranças tucanas. O governador Geraldo Alckmin chegou a ter a participação anunciada, mas não apareceu. Dos 14 deputados paulistas do PSDB, apenas Bruna Furlan, justamente a única entre os 12 parlamentares de SP, que votou a favor de Temer na semana passada, compareceu.

A participação de Alckmin havia sido anunciada pela prefeitura na noite de domingo, quando divulgou a agenda de compromissos de Doria. O governador acabou representado pelo secretário da Casa Civil, Samuel Moreira. Na votação sobre a denúncia na semana passada, parlamentares ligados a Alckmin votaram contra Temer.

No dia da votação na Câmara, Alckmin voltou a dizer que ‘se dependesse dele, o PSDB não teria mais cargos no governo’. As informações são de O Globo.

Um dos ministros tucanos do governo, Antonio Imbashay, da Secretaria de Governo, acompanhou Temer na viagem a São Paulo. Imbashay faz parte da ala do PSDB que defende a permanência no governo. Na quarta-feira da semana passada, 22 deputados tucanos votaram contra o prosseguimento da tramitação da denúncia, 21 contra e quatro não compareceram.

Temer precisa restabelecer as relações com o PSDB para ter os votos suficientes para aprovar as reformas. Para mudar as regras da Previdência, são necessários 308 votos na Câmara.

Sem Alckmin, coube a Doria afagar Temer.

– Sua alma foi pela conciliação – disse o prefeito, lembrando conhecer o presidente desde os anos 1980.

Na cerimônia, Temer e o anfitrião, o prefeito João Doria (PSDB), anunciaram que a União cederá ao município uma área de 400 mil metros quadrados do terreno que hoje faz parte do aeroporto do Campo de Marte. No local, a prefeitura construirá um parque.

A disputa pela área do Campo de Marte teve início em 1932, quando tropas paulistas se insurgiram contra o governo do então presidente Getúlio Vargas. Com a derrota de São Paulo, a área, onde já funcionava um aeroporto, passou a ser controlada pelo governo federal.

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