Composição de colegiado é aprovada para que possa funcionar
Julia Lindner e Isabela Bonfim, O Estado de S.Paulo
Após três meses de atraso, a composição do Conselho de Ética do Senado foi aprovada na noite desta terça-feira, 30, para que o colegiado volte a funcionar. O conselho é responsável por analisar eventuais denúncias por quebra de decoro parlamentar que podem levar à cassação do mandato. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), foi anunciado como membro titular do colegiado. Ele é alvo de oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em abril, após a delação premiada da Odebrecht, o ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a abertura de inquéritos para investigar 24 senadores, entre eles Jucá. Outro investigado, Eduardo Braga (PMDB-AM), foi escolhido como suplente do Conselho.
Até o momento, 20 dos 30 membros do colegiado foram indicados. Entre eles Jucá, Braga e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) são investigados no âmbito da Operação Lava Jato. Eduardo Amorim (PSDB-SE) e Flexa Ribeiro (PSDB-BA) são investigados em outros casos no STF. Somente o bloco Democracia Progressista (PP e PSD) ainda não fez nenhuma de suas indicações.