Um ano após seu anúncio pelo governo estadual, o acordo de parceria para produção de peças de vestuário entre a chinesa Shein e a Coteminas até agora não saiu do papel.
À época, a iniciativa foi divulgada para ser desenvolvida na unidade operacional da Coteminas instalada aqui no Rio Grande do Norte. Contudo, segundo o Valor Econômico, as fabricantes têxteis locais, que seriam as primeiras parceiras do projeto, afirmam que as conversas não evoluíram a partir de setembro e outubro do ano passado.
De acordo com a reportagem, “companhias ouvidas afirmam que houve mudanças no contrato pela Shein após o anúncio do plano, em Brasília. Tais mudanças inviabilizariam a venda de produtos. Também contribuiu para o cenário a piora da crise financeira na Coteminas, atualmente em recuperação judicial”.
Com R$ 1,1 bilhão em dívidas, a Coteminas entrou com pedido de recuperação judicial em maio deste ano. A companhia afirmou que espera retomar a parceria e que problemas internos ainda precisam ser resolvidos.
Já o RN, segundo o jornal, precisa lidar não apenas com custos de peças mais competitivas, mas com a necessidade de empresas locais para fabricação de zíper e botões, por exemplo, cujos itens acabam sendo importados da China e elevando o custo final.