A médica e esposa do ex prefeito Ivan Júnior, emitiu nessa manhã, uma nota de repúdio contra as agressões feitas pelo atual prefeito do Assú, Gustavo Soares. Confira nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
De fato, a pandemia veio para nos revelar muitas coisas, mas, também, confirmar o que já sabíamos. Assú, você viveu durante os mais de 3 anos e meio da gestão do prefeito Gustavo Soares um verdadeiro retrocesso! Não houve sequer a presença do gestor para fazer o elementar: GERIR A COISA PÚBLICA. Educação, assistência social, segurança pública, saneamento básico e tantas outras áreas foram simplesmente esquecidas e somente o povo perdeu… Quanto à Saúde, falo com a propriedade de quem vivenciou seu total descaso. Como dito, a pandemia nos trouxe CONFIRMAÇÕES e REVELAÇÕES: confirmou um GESTOR AUSENTE de suas obrigações públicas, enquanto prefeito, e REVELOU um ser humano frio, alheio ao sofrimento do povo, que, mais uma vez, ao meu ver, acovardou-se e deixou o povo a mercê do próprio destino.
Em plena pandemia, no auge das mortes e contaminações pelo novo Coronavírus, o “Dr. Gustavo”, como gosta de ser chamado, resolveu SE DAR FÉRIAS, ou melhor, ele e a então secretária de saúde, demonstrando total descaso e falta de altruísmo para com aqueles que um dia prometeu cuidar.
Curioso é que, mesmo apesar de ser médico e supostamente conhecedor da gravidade da COVID-19, ainda assim preferiu gozar as férias, as quais, diga-se de passagem, poderiam ser usufruídas em qualquer outro momento que não aquele, quando o povo mais precisava de UM LÍDER para dar um norte no combate à uma grave doença, abandonando-o à própria sorte.
Fato é que, diante do pleito eleitoral que se avizinha, parece-lhe mais oportuno me atacar do que, ao menos, tentar justificar essa situação que causa indignação e revolta àqueles que tanto precisavam da atuação ágil de um gestor na saúde, naquele momento.
Ora, nem candidata sou para ser sempre motivo de discussão. No entanto, embora eu sequer deva satisfação de quaisquer dos meus atos, ainda assim posso dizer que fui, sou e serei sempre alguém que se compromete com o trabalho e as pessoas. Sou médica por vocação e muito me orgulho de poder, através da minha profissão, ajudar aqueles que precisam de mim. Nunca fugi ou me acovardei em momento algum durante o exercício da minha profissão que, para mim, é sagrada, sobretudo durante a pandemia quando mais fui requisitada pelos meus pacientes. Atendi pelas redes sociais, de forma gratuita, porque como entoado no hino do Brasil “um bom filho não foge à luta”. Não abandonei quem me procurou clamando ajuda e nunca o farei, tanto que, mesmo sendo do grupo de risco, podendo me utilizar do afastamento médico a mim recomendado pela equipe médica que me acompanha, permaneci firme no desempenho das minhas atividades.
Quanto às MINHAS férias, o senhor deveria saber e ser conhecedor do direito, pois estas são concedidas a critério da administração e não pela MINHA mera e simples vontade, o que significa dizer que, se me foram concedidas, é por que a Administração Pública concordou com meu requerimento, tanto assim é que já existe profissional habilitado para suprir minha ausência durante esse período. Além disso, reitero: não sou gestora como o senhor.
Nunca fugi das minhas obrigações como médica e meu pedido de férias não merece questionamento algum, pois fora feito dentro da legislação.
Para sua informação, estive na secretaria de saúde, para despachar PESSOALMENTE com o secretário de saúde, e me foi garantida pelo atual secretário, que a propósito me recebeu com a maior cordialidade, a minha imediata substituição por outro colega, através da SAMA (cooperativa médica). Inclusive, tenho ciência de que já houve atendimento médico dos meus amados pacientes na UBS do meu Feliz Assú ontem, dia 05/10, no meu primeiro dia de férias.
Não me compare ao senhor, isso me ofende profundamente!
Sem mais…
Vanessa Pinto Brasileiro Lopes