Investigados no Inquérito dos Portos enxergam uma chance de tirar o caso das mãos do ministro-relator Luís Roberto Barroso. A brecha estaria no fato de a PF ter anexado em relatório preliminar dados do Inquérito 3105, de 2011, que também relacionava Michel Temer a suposto pagamento de propina no Porto de Santos, e era relatado pelo ministro Marco Aurélio Mello.
A PF citou esse mesmo inquérito no pedido de prorrogação das investigações em curso. O entendimento dos alvos é que, se o 3105 for desarquivado, por prevenção, qualquer fato relacionado a ele deve ser encaminhado para Marco Aurélio.
A brecha apontada por criminalistas, por enquanto, é apenas uma carta na manga a ser usada caso as investigações avancem muito. Se houver a provocação ao Supremo e a Corte entender que o caso é de Marco Aurélio, medidas tomadas por Barroso poderiam até ser anuladas.