Candidatura de Marina independe de condenação de Lula, diz Randolfe

Mateus Bonomi/AGIF/Folhapress

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância e a possível proibição da sua candidatura à Presidência não alteram os planos da Rede Sustentabilidade para a eleição, segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Em entrevista à Folha após uma palestra em Londres, Rodrigues disse que seu partido não está levando em consideração a situação do ex-presidente ao montar o projeto de governo da candidatura de Marina Silva.

“Não estamos fazendo cálculo para a eleição em cima da condenação”, disse. “Marina é candidata a presidente com Lula no cenário político e sem Lula no cenário. Estando ele ou não, Marina vai ser candidata”, disse.

Segundo o senador, a candidatura da Rede vai propor a superação da atual disputa política que vigora no país. “O PT e o PSDB têm que passar por um período sabático do poder. São quase 16 anos de experiências dos dois no poder. Eles tiveram contribuições importantes, mas construíram uma lógica de apropriação do poder pelo poder”, disse. As informações são de  DANIEL BUARQUE – Folha de São Paulo.

Rodrigues discursou na abertura da Brazil Week, semana de eventos culturais e acadêmicos voltados ao país no King’s College de Londres. Apresentado não apenas como senador, mas também como historiador, ele aproveitou a sua fala para traçar a história política do Brasil desde a Proclamação de República –um “golpe militar”, disse– até os problemas mais recentes enfrentados pelo país.

Segundo ele, a política brasileira precisa passar por uma renovação, e o ex-presidente Lula deveria dar o exemplo ao apoiar um novo candidato pelo seu partido.

“Uma eleição presidencial que tem de novo Lula e Collor como candidatos é um ambiente de dèja vu, de flashback, não renova a política. O presidente Lula teve uma contribuição importante para a inclusão social no Brasil e poderia dar uma grande contribuição ainda maior patrocinando e apoiando a possibilidade da renovação da política do país”, disse.

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