Definida por quem participa das negociações como um “pouso de jumbo” e não de um “teco-teco”, a delação de Antonio Palocci demorou, mas está próxima de ser concluída. O processo levou tempo porque, como o ex-ministro está preso, o acesso dele às provas é difícil, ao contrário do que ocorreu com Joesley Batista, que quando solto pôde gravar seus algozes.
A delação, que irá incriminar ainda mais Lula, vai marcar outro movimento de Palocci: interlocutores dizem que ele deve se desfiliar do PT, ao qual é filiado desde 1981.
Antonio Palocci se antecipará a uma provável expulsão do PT. A presidente da sigla, Gleisi Hoffman, diz que ele, ao “mentir sobre Lula”, quebrou o que ela chama de decoro do partido. A expulsão não estava em pauta quando o ex-ministro foi preso e condenado por corrupção, mas se mantinha calado. Agora, Palocci diz que Lula recebeu propina. As informações são da Coluna do Estadão.