Copa América tem 41 casos de covid entre times e prestadores de serviço

Fernando Moreno/AGIF

O Ministério da Saúde confirmou ao blog que já foram registrados 41 casos positivos de covid em pessoas que têm ligação com a Copa América em apenas dois dias de competição. Segundo informação repassada por nota, desse total, 31 são de atletas ou de pessoas de comissão técnica que vieram ao país para a disputa e outros dez de pessoas que foram contratadas para prestar serviço durante o evento.

A nota enviada não diz para qual serviço essas pessoas foram contratadas e se limita a relatar que todos esses infectados estavam em Brasília, palco da partida de abertura entre Brasil e Venezuela ontem (13). Além da capital, também recebem jogos as cidades do Rio de Janeiro, de Cuiabá e de Goiânia.

O Ministério afirmou que já foram realizados 2.927 testes de PCR até o último dia 13 de junho, o que significa que a taxa de contaminação representa 1,4%. É importante destacar, no entanto, que esse total inclui testes feitos mais de uma vez na mesma pessoa. Ou seja, a taxa de positivados é maior do que a divulgada. Nos próximos dias, haverá divulgação do resultado do sequenciamento genético para determinar quais as variantes do vírus detectadas.

A Venezuela foi a seleção mais atingida pelo vírus até aqui. A ponto de a Conmebol ter mudado o regulamento e permitido a inscrição de novos atletas. As delegações da Bolívia, do Peru e da Colômbia também já registraram casos de infectados.

Inicialmente, a Conmebol e o Ministério afirmaram que todas as pessoas que disputariam a Copa América no Brasil seriam vacinadas, mas essa promessa não foi cumprida.

O Brasil registrou hoje 928 novos óbitos em decorrência ao coronavírus —o total é de 488.404 mortes devido à pandemia. Pelo quarto dia seguido, o país registrou média móvel acima de 1.900 mortes.

Inicialmente marcada para Argentina e Colômbia, o torneio foi transferido às pressas para o Brasil após uma conversa entre CBF e o Governo Federal. Isso porque os argentinos alegaram que seu país não poderia ser sede por conta da pandemia, enquanto os colombianos viviam além desse problema, uma série de protestos violentos nas ruas por questões políticas.

Esse clima de crise e a mudança repentina da sede gerou um princípio de revolta entre os atletas e diversas críticas à Conmebol, organizadora do evento. Os jogadores do exterior deram algumas entrevistas afirmando que o torneio representava muito risco, enquanto os atletas da seleção brasileira chegaram a conversar entre eles sobre a possibilidade de não disputar o torneio.

A saída de Rogério Caboclo da presidência da CBF após acusação de assédio sexual e moral, no entanto, minimizou o clima de tensão. Depois disso, o grupo acabou por soltar um manifesto afirmando que não gostariam de ter a Copa América no Brasil, criticaram a organização, mas disseram que entrariam em campo normalmente. As outras seleções também toparam a disputa.

Uol

 

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