O presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, foi enfático ao relatar que a CBF não deseja retirar a vaga de nenhum clube potiguar na disputa da Copa do Nordeste de 2026. O que será realizado é apenas uma alteração nos critérios de escolha das equipes que vão disputar a competição regional a partir de 2026, que terá de passar por modificações devido ao aperto do calendário nacional, com a realização da próxima Copa do Mundo.
O dirigente potiguar reforçou que serão abertos diversos canais de debate com os representantes da Liga do Nordeste, federações estaduais e a CBF para definir a nova forma de qualificação. “O regulamento muda de dois em dois anos. A CBF estabeleceu que, a partir de 2026, o regulamento será modificado. Isso inclui a indicação dos clubes pela federação: o campeão, o vice e o terceiro lugar, que são as três vagas. A partir de 2025, haverá discussões com as federações e os clubes para definir o novo regulamento. Não haverá perda de vagas, mas o critério será diferente e discutido entre a Liga dos clubes, as federações e a CBF”, ressaltou.
José Vanildo se mostra tranquilo com relação ao anúncio, pois sabe que a Confederação Brasileira de Futebol não irá tomar nenhuma medida unilateral, uma vez que há sempre muita transparência nos assuntos relativos à Copa do Nordeste. “Historicamente, a definição de critérios sempre foi técnica. Não se fala em perda de vagas, mas no ajuste dos critérios entre clubes, federações e a CBF. Então, em 2026, os critérios podem ser adaptados. Podem ser inseridos critérios como o ranking nacional ou desempenho em competições. Tudo isso será debatido”, observou.
Como presidente da FNF, José Vanildo, foi designado pela CBF para coordenar as atividades da Copa do Nordeste, incluindo Copa do Mundo, divisões de base e futebol feminino. Esta então será uma das atividades de sua pasta dentro da confederação e, por isso, antecipa que a entidade que controla o futebol nacional, sempre que realizou intervenções na Copa do Nordeste, foi no sentido de melhorar a competição como produto. Afinal, ela paga uma das melhores cotas aos clubes participantes e necessita fazer crescer o bolo de investidores.
“Tem gente falando coisas que não correspondem aos fatos. O campeão estadual de 2025 de qualquer federação nordestina, por exemplo, não estará automaticamente garantido no regional de 2026. Um novo critério de classificação será definido. Se não houver cuidado, o torneio pode perder relevância. É preciso manter um produto competitivo”, frisou.
Ainda mergulhando sobre o tema, o dirigente potiguar lembrou que a questão econômica é essencial. “Como as emissoras vão investir milhões se os jogos não têm apelo? Precisamos de critérios claros e justos. Qualquer alteração deve preservar a competitividade e o interesse de todos os envolvidos”, alertou José Vanildo.
