A deputada Raquel Muniz (PSD-MG) — que ficou conhecida no voto pelo impeachment ao citar o marido, que acabou preso — acompanhou o pronunciamento de Michel Temer ao lado do presidente. Raquel participou do grupo de parlamentares que apoiaram Temer na ofensiva contra a denúncia oferecida pelo procurador-geral, Rodrigo Janot.
Na votação do impeachment, Raquel fez uma declaração efusiva pela aceitação do processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff. No voto, citou o marido, prefeito de Montes Claros (MG), como exemplo de gestor. No dia seguinte, o marido de Raquel foi preso pela Polícia Federal suspeito de prejudicar o funcionamento de hospitais públicos em favorecimento de uma rede particular, gerido pela própria família. As informações são de O Globo.
— O meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito, e o Prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com a sua gestão. O meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Júlia, minha mãe, Elza. Meu voto é pelo norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil. Sim, sim, sim! — disse Raquel na sessão de 17 de abril, quando a Câmara aprovou a continuidade do processo de impeachment.
Em 2015, Raquel foi alvo de inquérito pedido pela Procuradoria-Geral da República. A investigação apurou se uma entidade filantrópica comandada pela deputada e pelo marido, exercia na verdade atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas.