O deputado Wladimir Costa (SD-PA), que tatuou ‘Temer’ no ombro, recebeu em 2014 uma doação eleitoral de R$ 200 mil da JBS. O valor foi transferido pela empresa do Grupo J&F ao diretório nacional do partido de Wladimir e, em seguida, ao então candidato a uma cadeira na Câmara.
O total de receitas de Wladimir naquele ano foi de R$ 642.457,48. A JBS representou cerca de 30% do valor de campanha do parlamentar.
Os R$ 200 mil foram transferidos ao deputado da tatuagem em 15 de setembro de 2014 por meio de um cheque. As doações estão registradas no Tribunal Superior Eleitoral.
Wladimir é aliado do presidente Michel Temer na guerra contra a denúncia por corrupção passiva no caso JBS. A acusação formal do Ministério Público Federal contra Temer tem base na delação dos acionistas e executivos do Grupo J&F, que controla a JBS. O ex-assessor especial do presidente e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) também foi denunciado. As informações são de O Estado de São Paulo.
Nesta quarta-feira, 2, os deputados vão decidir se o Supremo Tribunal Federal vai julgar o presidente. Wladimir Costa foi à tribuna do plenário da Câmara e bradou.
“V.Exas. são indecentes, incompetentes, foram membros do PT e da Dilma avalizando a roubalheira da Petrobrás, no mancomunado com a JBS, com a UTC e com essas grandes empresas que derramaram milhões de reais”, disse.
“Quem é Temer mostra a cara e até tatua o nome aqui no ombro.”
Homenagem. Para demonstrar o apoio ao peemedebista, Wladimir Costa afirma ter feito uma tatuagem definitiva com o nome do amigo.
O tatuador Frederick Nacimento, no entanto, um dos precursores da tatuagem de henna para o Brasil, declarou que o desenho na pele do deputado não é definitivo.
“Eu conheço uma tatuagem de henna de longe. É só você ver pela foto. Tem uma mancha na letra “r”, um borrão… Não tem como ser de verdade. Acho que vocês nunca mais vão ver o deputado sem camisa”, disse o tatuador.