Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) ignorou o dedo do pé direito quebrado ao chutar móvel em casa, e foi à Câmara defender o presidente Michel Temer (PMDB) de bota ortopédica. Segundo ele, o esforço para angariar votos contra o andamento da investigação contra o presidente é movido por convicções “pessoais, políticas e jurídicas”.
“Eu trago razões pessoais políticas e jurídicas. Pessoais: eu tenho a convicção de que o presidente é inocente. Política: o presidente está fazendo um bom governo, tendo a coragem de enfrentar questões históricas e que não eram enfrentadas pela nação brasileira. Jurídica: é a fragilidade dessa denúncia”, declarou em entrevista ao Congresso em Foco.
Para ele, a denúncia de corrupção passiva contra o presidente feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não possui provas concretas contra Temer. “É óbvio que, para promover um afastamento de um presidente da República, uma denúncia precisa ter provas inequívocas da participação do presidente da República e isso está longe de acontecer no inquérito e na denúncia apresentada”.
Estreante na Câmara, Marun também foi homem forte de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado cassado e atualmente preso pela Polícia Federal. O parlamentar chegou a usar verba pública para ir visitar Cunha na cadeia, em Curitiba. Após a revelação do uso da cota parlamentar, ele devolveu o dinheiro à Casa.