Dos R$17 milhões de restos a pagar de 2017, parte é no setor de iluminação pública que resultou nas operações Blecaute e Tubérculo do MP

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Dos mais de R$ 17 milhões de reais de restos a pagar ficaram ao final de 2017 do primeiro ano da gestão Batata Araújo, um valor é emblemático: R$363.262,73. Este é o montante de restos a pagar do déficit da COSIP.

Chama a atenção pelo fato de ser justamente a área que foi o foco do Ministério Público do Rio Grande do Norte e que ocasionou a deflagração da Operação Blecaute e na sequência, operação tubérculo que prendeu e afastou do cargo o prefeito Batata.

Na operação Blackout, realizada no mesmo ano de 2017, só que no mês de agosto, e que apura superfaturamento e pagamento de propina para manutenção do contrato de iluminação pública em Caicó.

Segundo o MP, Robson Araújo chegou a receber R$ 70 mil reais em propina por meio de um esquema fraudulento no setor de iluminação pública do município. Ainda de acordo com os promotores, o envolvimento do chefe do poder Executivo com o esquema fraudulento começou antes mesmo de ele ser empossado, em novembro de 2016.

A investigação sobre a participação do prefeito foi iniciada após um acordo de delação premiada ter sido firmado entre os empresários Allan Emannuel Ferreira da Rocha e Felipe Gonçalves de Castro, presos na operação Cidade Luz, com o MP.

Nas delações, Allan Emannuel e Felipe Gonçalves admitiram que negociaram com Robson Batata, como o prefeito é conhecido, a continuidade da prestação dos serviços de manutenção da iluminação pública mediante pagamento de propina. Eles batizaram de ‘lâmpada’ cada pagamento de R$ 1 mil que era efetuado. Entre as provas, os empresários apresentaram aos investigadores trocas de mensagens com o chefe do poder executivo.

Somente após a deflagração da Operação Blecaute, que o contrato com a empresa foi cancelado, e, com o cancelamento, fez com que os recursos voltassem a ter saldo positivo.

Toda a peça processual, incluindo as provas que estão ainda em segredo de justiça, estão de posse dos vereadores de Caicó, para que “tomem as medidas cabíveis”. Por Suébster Neri, CAICÓ

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