‘É uma conversa de parceiros do ilícito, não tem cabimento’

Goberno sob investigação

O que isso revela é o grau de deformação de nosso Estado patrimonialista, diz Giannetti

Alexa Salomão, O Estado de S.Paulo

Para o economista e filósofo Eduardo Giannetti, o diálogo entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, sócio do grupo JBS, é conclusivo: “Temer não tem a menor condição moral de se manter na Presidência”, diz ele.

A ruptura política já comprometeu a velocidade da recuperação da economia e a tendência é que o País siga no “marasmo” até a eleição. “O governo Temer, depois do que aconteceu, vai ter um enredo igual ao que vimos no final de Dilma.”

Muita gente está dizendo que as gravações não são suficientemente conclusivas para que o presidente Michel Temer deixe o cargo. Qual é a sua avaliação?

Acho que paixões partidárias e predileções políticas estão interferindo na capacidade de análise e de leitura da gravidade do que se revelou. Querem apenas preservar o statu quo, uma estrutura de poder. Esse empresário foi visitar o presidente na calada da noite, em sua residência. Entrou sem apresentar documentos. Teve uma conversa com elementos gravíssimos de obstrução da Justiça. Não é possível que isso não seja capaz de disparar todos os alarmes.

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