Eleições 2024: Operação Mandare racha PT na Paraíba

Avocando para si o poder de decisão, a direção nacional do PT sequestrou a autonomia dos petistas de João Pessoa sobre a disputa pela prefeitura da capital da Paraíba nas eleições de outubro. Até o momento, porém, nada foi decidido.

A demora na definição levou a uma biga entre os petistas paraibanos. Especula-se que tal demora visa levar o PT pessoense a apoiar a candidatura à reeleição do prefeito Cícero Lucena (PP).

A controvérsia começou com comentários, no Instagram, do presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, que classificou de oportunista a Operação Mandare (investigação da PF na prefeitura de João Pessoa).

Macêdo é favorável ao apoio do PT à candidatura do prefeito Cícero Lucena (PP), tendo rotulado como oportunistas os que resistem a essa aliança:

O oportunismo de alguns do meu partido, usando indevida e politicamente a Operação da PF, chega a ser asquerosa e irresponsável”, escreveu o presidente estadual do PT nas suas redes sociais.

O deputado federal Padre Luiz Couto (PT) reagiu aos comentários de Macedo e rebateu o presidente do Diretório Estadual do PT-PB. Em seguida, Luiz Couto recebeu a solidariedade de lideranças do PT paraibano.

Setenta e sete lideranças do PT paraibano, inclusive o ex-governador Ricardo Coutinho e o deputado estadual e ex-prefeito Luciano Cartaxo assinaram uma carta aberta na qual criticam Jackson Macêdo pelo seu “ato antiético” e defendem Luiz Couto:

Não podemos permitir que esses ataques infundados e injustos minem a reputação de um parlamentar íntegro e comprometido com os valores democráticos”, declararam os líderes do PT, em confronto com a atual direção estadual do partido.

Jackson Macedo, por sua vez, respondeu que reitera totalmente tudo que disse, ressalvou que não citou o nome de ninguém e ameaçou tomar “as medidas partidárias e judiciais possíveis”.

Operação Mandare

operação Mandare foi deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira, 3 de abril e teve como alvo a prefeitura de João Pessoa. As denúncias envolvem órgãos municipais sob o comando do prefeito de João Pessoa – nominadamente: Secretaria da Saúde; Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania; Empresa de Limpeza Urbana (Emlur) – com uma facção criminosa (denominada “Nova Okaida”) para a obtenção de vantagens ilícitas.

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