Em mensagem anual na Câmara, prefeito de Natal diz que Hospital Municipal terá obras iniciadas em 2022

Álvaro Dias (PSDB), prefeito de Natal, fez a leitura na Câmara Municipal de Natal nesta terça-feira (15) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O prefeito Álvaro Dias (PSDB) fez nesta terça-feira (15) a leitura da mensagem anual aos vereadores durante a sessão de abertura das atividades da Câmara Municipal de Natal (CMN) em 2022.

Entre os principais temas destacados no texto, o gestor falou sobre obras que vão começar neste ano, como a construção do Hospital Municipal, com custo de R$ 130 milhões, e o início do projeto de engorda da praia de Ponta Negra.

“O novo hospital será construído em frente à UPA do Satélite, com atendimento especializado em cirurgia, pediatria, obstetrícia, ortopedia, clínica médica, além de um centro de diagnóstico e uma central de esterilização com suporte para toda a rede municipal. Enfim, uma obra que irá prestar um grande serviço à população de Natal”, disse.

Sobre a engorda de Ponta Negra, Álvaro Dias disse que essa é uma “obra essencial ao turismo e, portanto, a geração de empregos” e que “deve começar nos próximos dias com as obras de construção do novo muro de proteção”.

“A engorda propriamente dita está na conclusão dos estudos ambientais e depois, numa terceira etapa, será feita a urbanização do novo calçadão que será possível construir com o aumento da faixa de areia da praia”, falou.

Outro tema bastante tocado pelo gestor foi sobre o combate à pandemia da Covid diante do cenário de 2021. Ele reclamou da falta de recursos recebidos do governo federal e disse que Natal teve mais acertos que erros no combate à doença.

O gestor falou também sobre a cobrança do passaporte vacinal e reforçou que tem mantido campanhas para que as pessoas sigam se vacinando contra a Covid.

“Embora seja contra a criação de barreiras que possam prejudicar a atividade comercial e de serviços na cidade, mantivemos ainda este ano campanhas pedindo as pessoas que se dirijam a um posto de vacinação. Acredito que nossa missão como poder público é conscientizar as pessoas e não constrangê-las”.

Segundo Álvaro, foram gastos 38% das receitas com saúde em 2021. Ele falou que apenas no Hospital de Campanha, 3.598 pessoas foram atendidas com Covid e que as Unidades do Saúde da Família realizaram quase 1,5 milhão de atendimentos e as UBSs outros 330 mil.

O prefeito também falou sobre a aprovação do Plano Direto, que, segundo ele, vai dar um novo impulso de desenvolvimento para a cidade. “A legislação até então em vigor não estava adequada às necessidades atuais. Ela impedia, constrangia e engessava o crescimento da cidade”, disse o prefeito.

Segundo ele, Natal perdeu mais de 300 mil moradores para os municípios vizinhos. “A consequência é piora na qualidade de vida de quem se desloca por longas distâncias e perda de receita e aumento de gastos para a capital que continua a ser demandada por essa população nos seus serviços básicos”.

“Agora temos uma lei que vai permitir dar novo uso e ver a orla de Natal transformada, vai permitir novos investimentos na Via Costeira, dar uso adequado a antes área não edificante de Ponta Negra, que poderá ser explorada sem atrapalhar a visão do Morro do Careca”, disse.

Protestos

Durante a leitura anual, o prefeito evitou falar sobre temas sensíveis à administração, como a licitação dos transportes e o piso dos professores. Após a sessão, houve protesto dos professores nas galerias. Álvaro Dias também foi por vereadores de oposição sobre temas que faltaram na mensagem anual.

Nem todos tiveram autorização para entrar na CMN. Dentro do prédio, as galerias do plenário estavam cheias. Havia representantes de cooperativas de transportes e professores da rede municipal reivindicando a atualização do piso salarial em 12,84% de 2020, e o novo piso de 2022, de 33,24%.

Fora da câmara, houve reforço na segurança. Líderes comunitários usaram microfone e carro de som, e colocaram faixas cobrando um plano de mobilidade para Natal. Alguns usaram até nariz de palhaço para protestar pela demora na licitação dos transportes.

G1RN

 

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