O governo tenta nesta quarta-feira (2) enterrar de vez a primeira denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer. Ele é acusado do crime de corrupção passiva por supostamente ser o destinatário da mala com R$ 500 mil repassados pela JBS a Rodrigo Rocha Loures, seu ex-assessor. Esta é a primeira vez que um presidente é denunciado no exercício do cargo.
Temer passou a terça-feira (1º) em busca de apoio. Recebeu ao menos 35 deputados –incluindo o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP-SP)–, almoçou com 58 ruralistas e foi a um jantar para o qual foram convidados 100 integrantes do baixo clero. Ele acenou à bancada ruralista (210 votos) com uma medida provisória reduzindo a alíquota da contribuição do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) e parcelando pagamentos atrasados com descontos.
Além disso, mandou de volta à Câmara 11 ministros e contou com a boa vontade de partidos como PR e PSD, que fizeram ao menos dois secretários estaduais retomarem seus assentos como deputados para tentar engrossar os votos a favor do governo. No recesso parlamentar, Temer já havia liberado emendas, distribuído cargos a aliados e informou que traições seriam retribuídas com perda de espaço no governo. As informações são da Folha de São Paulo.