Em véspera de votação, Temer afaga ruralistas e baixo clero

BRASÍLIA, DF, 11.04.2017: REFORMA-PREVIDÊNCIA - O presidente Michel Temer é abraçado pelo deputado federal Darcisio Perondi (PMDB-RS) na reunião com deputados integrantes da Comissão Especial da Reforma da Previdência, no Palácio do Planalto em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

O governo tenta nesta quarta-feira (2) enterrar de vez a primeira denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer. Ele é acusado do crime de corrupção passiva por supostamente ser o destinatário da mala com R$ 500 mil repassados pela JBS a Rodrigo Rocha Loures, seu ex-assessor. Esta é a primeira vez que um presidente é denunciado no exercício do cargo.

Temer passou a terça-feira (1º) em busca de apoio. Recebeu ao menos 35 deputados –incluindo o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP-SP)–, almoçou com 58 ruralistas e foi a um jantar para o qual foram convidados 100 integrantes do baixo clero. Ele acenou à bancada ruralista (210 votos) com uma medida provisória reduzindo a alíquota da contribuição do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) e parcelando pagamentos atrasados com descontos.

Além disso, mandou de volta à Câmara 11 ministros e contou com a boa vontade de partidos como PR e PSD, que fizeram ao menos dois secretários estaduais retomarem seus assentos como deputados para tentar engrossar os votos a favor do governo. No recesso parlamentar, Temer já havia liberado emendas, distribuído cargos a aliados e informou que traições seriam retribuídas com perda de espaço no governo. As informações são da Folha de São Paulo.

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