Esvaziados e sob chuva, protestos pedem ‘Fora, Temer’ e ‘Diretas-Já’

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Protestos organizados nas cinco regiões do país pediram “Fora, Temer” e “Diretas-Já” em atos esvaziados que, na maior parte dos casos, reuniram poucas centenas de pessoas. Foram ao menos 14 manifestações pelo país.

Convocadas inicialmente por entidades da esquerda e por grupos da direita, as demonstrações perderam a adesão de movimentos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e foram castigados pelas fortes chuvas do domingo (21).

Na pauta, além da saída de Temer e da instituição de eleições diretas, os manifestantes se contrapunham às propostas de reforma da Previdência e trabalhista. As informações são da Folha de São Paulo.

Em São Paulo, na avenida Paulista, barricadas foram montadas para proteger os prédios da Fiesp e do Shopping Cidade de São Paulo de eventuais atos de vandalismo, mas o ato ficou restrito às proximidades do Masp e teve carros de som de três entidades sindicais: CUT, Força Sindical e Conlutas.

“A chuva atrapalhou um pouco, mas os trabalhadores estão se preparando para ir a Brasília”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, sobre a manifestação contrária às reformas da Previdência e trabalhista programada para esta quarta (24). “Lá, serão 100 mil pessoas de diferentes centrais sindicais.”

Guilherme Boulos, coordenador geral do MTST e da Frente Brasil Sem Medo, avaliou que “o governo Temer perdeu qualquer condição política de se manter no poder” e que a saída da crise passa necessariamente por uma transformação radical do sistema político atual. Em discurso, disse que vai “barrar” as eleições indiretas.

“Se amanhã colocarem o Rodrigo Maia, é fora Maia. Se colocarem a Cármen Lúcia, é fora Cármen Lúcia”, disse. “Não adianta mudar o presidente e manter esta agenda antipopular.”

Lideranças petistas, como Eduardo Suplicy, o deputado Carlos Zarattini e o senador Humberto Costa, também estiveram no ato em São Paulo, onde integrantes da Unidade Popular Socialista (UPS) colhiam assinaturas para a criação do novo partido.

OUTRAS CAPITAIS

No Rio de Janeiro, centenas de manifestantes se dividiram entre a orla de Copacabana e uma vigília em frente ao prédio onde mora o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PMDB-RJ), em São Conrado (zona sul), onde foi oferecido caldo de feijão aos participantes, uma ironia à feijoada que Temer pretendia oferecer a sua base aliada no Palácio da Alvorada no domingo (21). A baixa resposta ao convite fez o presidente cancelar o jantar.

No ato mineiro de Belo Horizonte, o deputado estadual petista Rogério Correia disse que “é muito bom ver o Aécio desmascarado nacionalmente”. “O verdadeiro tríplex é Aécio, Temer e Eduardo Cunha”, afirmou, em referência à ação que o ex-presidente Lula responde na Justiça Federal de Curitiba.

Na capital paranaense, militantes do PT vendiam camisetas estampadas com o rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A candidatura lulista, no entanto, não era consensual entre os presentes. “Acima de apontar nomes, temos que discutir um programa para o país”, disse a advogada Clair da Flora Martins, 70, ex-militante do PT e da Rede.

Houve ainda protestos em Aracaju (SE), Belém (PA), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Juiz de Fora (MG), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís (MA) e Uberlândia (MG).

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