Em maio deste ano, O GLOBO revelou o caso da RSX Informática, uma empresa de fachada registrada em um estoque de vinhos em Brasília. Ela havia fechado um negócio milionário para fornecer um programa de computador ao INSS sem licitação e sem possuir qualquer capacidade técnica para cumprir o contrato para o qual fora remunerada em R$ 8,8 milhões. Por ter ignorado alertas da área técnica contrária ao negócio e por ter pago R$ 4 milhões à RSX sem receber qualquer serviço em troca, o então presidente do INSS foi sumariamente demitido pelo governo
MINISTÉRIO NEGA
A crise começou quando Ramos Ribeiro descobriu que o ministério havia contratado a mesma RSX sem a sua autorização.
— Os contrato na área de TI foram escolhidos porque são complexos. Compraram software sem justificar a necessidade. No dia que descobrir o contrato da RSX, eu disse, ministro, me sinto traído — disse.
A CGU confirmou que investiga o caso. Tanto a assessoria do Ministério da Integração quanto a assessoria da RSX negaram ontem qualquer irregularidade no contrato.