O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu mais tempo para os delatores do Grupo J&F, proprietário da JBS, entregarem novas provas dentro do acordo de colaboração premiada assinado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologado pelo STF. A decisão de Fachin foi assinada na noite desta quinta-feira.
Fachin, na decisão, reiterou que a colaboração segue em conformidade com a Constituição e com a legislação penal. O ministro deu mais 60 dias aos delatores.
A defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista e demais executivos que aderiram à delação havia pedido na segunda-feira mais 60 dias para entregar novos anexos com provas. No dia seguinte, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concordou com a solicitação de mudar a cláusula sobre o prazo, ampliando em 60 dias. As informações são de O Globo.
O prazo inicial de 120 dias para complementar a delação se encerrou ontem e, como não houve decisão de Fachin durante o dia, a defesa decidiu protocolar os anexos já elaborados. Entre as provas estão informações sobre os contratos com o BNDES e novos áudios de conversas de Joesley com políticos.
Com a prorrogação do prazo, os delatores devem organizar mais elementos a serem entregues à PGR. Neste caso, o material chegará já na gestão de Raquel Dodge na PGR. Janot deixa o cargo no próximo dia 17.