Família de lutadores vende bombons para levar filhos a competições

Homem segurando caixa com brigadeiros e criança com camisa amarela mordendo medalha em bar

Criados no esporte, os três filhos dos lutadores de jiu-jistu Eberson Alves Amaral, 32 anos, e Elke Samara Rodrigues da Costa Amaral, 33, sonham em participar de competições de luta pelo Brasil. Para sustentar a família e conseguir levar as crianças para competir em outros estados, os pais começaram a fazer brigadeiros e vender em bares do Distrito Federal.

Moradores de Cidade Ocidental (GO), no Entorno do DF, Eberson e Elke são casados há 14 anos. Até maio deste ano, ele trabalhava como motoboy, emprego que sustentava o casal e os filhos Paulo Cesar, 10 anos, Pedro Elkeson, de 8, e Victor Lucas, 7.

“Trabalhei três anos com isso, mas começou a ficar muito difícil. Moramos de aluguel e eu ainda pagava a prestação da moto. A renda era só essa e tudo estava muito caro, especialmente a gasolina. Além disso, eu não tinha muito tempo com a minha família, porque trabalhava 12 horas por dia. Aí resolvi desistir da profissão”, narra Eberson.

Foi então que a esposa dele propôs que o casal começasse a vender brigadeiros para sustentar a família. Assim, dia sim, dia não, Elke produz os doces e Eberson vende nos bares da área central de Brasília.

“No início, começamos a vender na rua, perto de casa, e não tivemos muito sucesso. A pessoas diziam que os doces estavam caros. Então, decidi fazer um teste em Brasília, onde os clientes já acharam bons os preços. Aí, vendemos todos e ainda recebemos elogios”, conta ele.

Assim, nos dias de venda, Eberson sai de Cidade Ocidental por volta de 18h e percorre mais de 40 km de carro até chegar ao Plano Piloto, em Brasília. “Minha esposa faz os doces e fica com as crianças enquanto saio para vender. Hoje, chego nas mesas, conto a nossa história e as pessoas compram os doces para nos ajudar. Mas, depois, veem que também é algo gostoso, feito com material de qualidade”, diz ele.

Metrópoles

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