Ferraço defende entrega de cargos após ‘denúncias devastadoras’ contra governo

Encontro conta com a presença do governador e do prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e João Doria - André Dusek/Estadão

Tucano participa de reunião do PSDB para deliberar sobre desembarque do governo; encontro conta com a presença do governador e do prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e João Doria

O senador Ricardo Ferraço (ES) defendeu que o PSDB entregue os cargos que possui no governo, nesta segunda-feira, durante reunião da Executiva nacional do partido, em Brasília. Ao chegar na sede da legenda para participar do encontro, que conta com a presença de governadores, ministros e parlamentares, o tucano argumentou que a sigla precisa desembarcar da base aliada, ainda que continue votando a favor das reformas.

“Vou defender que o PSDB entregue os cargos, mas continue apoiando as reformas. A crise vivida pelo governo é insustentável, as denúncias são devastadoras”, disse antes de acrescentar que é possível tocar as reformas sem estar ao lado do governo peemedebista. “A reforma trabalhista pertence ao Estado, não ao governo”, complementou.

Questionado sobre os motivos que o levam a defender essa posição, Ferraço fez novas referências às denúncias contra a gestão do presidente Michel Temer. “Os fatos falam por si”, emendou. As informações são de O Estado de São Paulo.

Principal fiador do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, o PSDB se reuniu para discutir a relação com o governo. A reunião, fechada à imprensa, é comandada pelo presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), e conta com as presenças do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital paulista, João Dória.

Como mostrou ontem o Broadcast/Estadão, os tucanos não devem tomar nenhuma decisão sobre desembarque na reunião de hoje. A avaliação nos bastidores é de que, após a absolvição de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, o PSDB deve agora esperar eventual denúncia contra o presidente que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve enviar até o fim de junho. (Renan Truffi e Igor Gadelha)

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