O Fundo Monetário Internacional (FMI) está monitorando a situação política nacional e, por enquanto, não vai alterar as projeções econômicas para o Brasil. A afirmação é de Alejandro Werner, diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI. O órgão projeta, desde novembro passado, alta de 0, 2% no PIB neste ano, e de 1, 7% em 2018.
— Ainda é muito cedo para traçar um cenário — afirmou Werner em entrevista coletiva na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, após apresentar uma extenso documento sobre as perspectivas econômicas para América Latina e Caribe.
Werner frisou a importância de o Brasil “manter foco nas reformas”, sobretudo a da Previdência. As informações são de O Globo.
Seu colega, Alfredo Cuevas, chefe da missão do FMI para o Brasil, reforçou a importância das reformas aos jornalistas. Segundo ele, a proposta de mudança no sistema previdenciario como passou na Câmara é “muito boa” e “necessária para garantir a sustentabilidade” das aposentadorias.
Outro ponto positivo salientado pelos economistas foi o contingenciamento de R $42, 1 bilhões proposta pela equipe econômica liderada por Henrique Meirelles (Fazenda) para atingir a meta de deficit primário de 2017, de R$ 139 bilhões.
— Dessa forma será possível chegar à meta — afirmou Cuevas.
Diante da insistência doa jornalistas sobre as possibilidades de impacto da crise política na economia, Werner frisou que a cautela do FMI ocorre para que não haja erro nas revisões, o que segundo ele já ocorreu em situações semelhantes em outros países.