Força-tarefa da Lava Jato ‘repudia’ acusação contra amigo de Moro

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A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba disse, por meio de assessoria de imprensa, que “repudia” as declarações de Rodrigo Tacla Duran, que advogou para a Odebrecht de 2011 a 2016 e acusou o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior de intermediar negociações paralelas com a equipe da operação. O intuito seria abrandar a pena e diminuir a multa de Duran, investigado na operação.

Segundo a força-tarefa, “Duran tenta desesperadamente atacar aqueles que o investigam, processam e julgam, no intuito de afastar o seu caso das autoridades que atuam na Lava Jato”.

A equipe reforça argumentos já publicados neste domingo (27) em reportagem da colunista Mônica Bergamo. De acordo com a nota, o texto “reproduz, “sem qualquer constatação de veracidade pela colunista, trechos de um ‘livro’ fantasioso escrito por Rodrigo Tacla Duran, réu foragido da justiça brasileira”.

As informações e a transcrição de suposta correspondência que comprometeriam Zucolotto estão em um livro que Duran está escrevendo e que pretende lançar até outubro. A Folha teve acesso à íntegra do texto, que foi publicado e depois retirado da internet.

Diz a nota: Moro “não participou de qualquer fase das negociações do acordo de colaboração premiada”, e “nenhum dos membros da força-tarefa possui ou já possuiu relacionamento pessoal ou profissional com o advogado Carlos Zucolotto Jr.”.

Leia a nota na íntegra:

Força-tarefa repudia declarações de réu foragido da Justiça

Em nota, procuradores rebatem informações publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo

1. A coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S.Paulo deste domingo, 27 de agosto de 2017, reproduz, sem qualquer constatação de veracidade pela colunista, trechos de um “livro” fantasioso escrito por Rodrigo Tacla Duran, réu foragido da justiça brasileira.

2. Nas reuniões de negociação entre esse réu e a força-tarefa Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba, Rodrigo Tacla Duran esteve sempre e exclusivamente representando pelo advogado Leonardo Pantaleão.

3. Em obediência à regra legal, o juiz federal Sergio Moro não participou de qualquer fase das negociações do acordo de colaboração premiada.

4. Nenhum dos membros da força-tarefa Lava Jato possui ou já possuiu relacionamento pessoal ou profissional com o advogado Carlos Zucolotto Jr., citado por Rodrigo Tacla Duran. Os procuradores jamais mantiveram com Carlos Zucolotto Jr. qualquer conversa sobre esse caso ou sobre qualquer outro.

5. Durante as negociações, Rodrigo Tacla Duran revelou-se incompatível com os requisitos legais para a celebração do acordo, motivo pelo qual o MPF encerrou as negociações.

6. Rodrigo Tacla Duran foi acusado pela força-tarefa Lava Jato por crimes de lavagem de dinheiro e de pertinência à organização criminosa, e se encontra foragido do país e confinado na Espanha.

7. Os recursos ilícitos havidos por Rodrigo Tacla Duran da Odebrecht, no exterior, foram bloqueados por autoridades estrangeiras e permanecem nessa condição.

8. A força-tarefa também solicitou a prisão de Rodrigo Tacla Duran, o que foi deferido pelo juiz Sérgio Moro, sendo requerida a difusão vermelha junto à Interpol para a sua prisão no exterior.

9. Tacla Duran foi preso na Espanha e chegou a ter sua extradição autorizada para o Brasil, o que não ocorreu apenas por ausência de promessa de reciprocidade pelo governo brasileiro.

10. As inverdades propaladas por Rodrigo Tacla Duran não revelam mais do que a total falta de limites de um criminoso foragido da Justiça, acusado da prática de mais de 100 delitos de lavagem de dinheiro, cujo patrimônio –ilicitamente auferido– encontra-se bloqueado no Brasil e no exterior.

11. Diante da absoluta impossibilidade de enfrentar os fatos criminosos que lhe são imputados, Rodrigo Tacla Duran tenta desesperadamente atacar aqueles que o investigam, processam e julgam, no intuito de afastar o seu caso das autoridades que atuam na operação Lava Jato.

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