Funaro cita ‘meta de propina’ do presidente da Caixa para o PP

Lúcio Funaro: Em vídeo, Funaro diz que Temer tentou favorecer empresas que atuam no porto de Santos (SP) durante tramitação da Medida Provisória (MP) dos Portos, em 2013.

A colaboração premiada do corretor financeiro Lúcio Funaro, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (ST), traz detalhes do suposto esquema de pagamento de propinas ao Partido Progressista (PP), com recursos desviados da Caixa Econômica Federal. Em depoimento ao Ministério Público, Funaro acusou o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi, de desviar recursos para o partido.

Na época, ainda no governo de Dilma Rousseff, Occhi ocupava a vice-presidência de governo do banco estatal. Funaro afirmou no depoimento, conforme reportagem do Jornal Nacional, que foi informado por um empresário que Occhi teria uma meta de repasse de propina para cumprir. “Sabia até que tinha uma meta do Gilberto Occhi, de produzir um valor x por mês”, disse Funaro, em um dos vídeos do depoimento prestado ao Ministério Público. No entanto, ele não soube dizer qual era o valor da meta. “Qualquer verba da Caixa para sair, tudo quanto é verba do governo, tinha que passar pela diretoria dele. Tinha que passar na vice-presidência dele”, disse Funaro, em relação à atuação de Occhi. “E ele tinha uma meta, que não sei de quanto era. Meta de propina”, reforçou.

Em resposta ao telejornal, Occhi desmentiu veementemente o que foi dito por Funaro. O atual presidente da Caixa afirmou que nunca pediu nada a ninguém e que sua carreira sempre foi pautada pelo respeito à ética e à lei.

Já a Caixa informou que está em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colaboração com as investigações. O telejornal não obteve resposta do PP. As informações são de O Estado de São Paulo.

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