Gaddafi deu US$ 1 milhão para campanha de Lula em 2002, diz Palocci

Caravana de Lula pelo Sudeste

Em proposta de delação premiada entregue ao Ministério Público, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci teria revelado que o ditador líbio Muammar Gaddafi doou secretamente US$ 1 milhão para a campanha presidencial de Lula em 2002. A informação é da revista “Veja”.

No suposta delação, Palocci assumiria que ele próprio seria responsável por trazer o dinheiro ao Brasil, sem deixar rastros de sua origem. Segundo a revista, ele diz ter realizado a tarefa e promete entregar os comprovantes da operação.

Lula venceu a disputa no segundo turno, contra José Serra (PSDB). Kadafi morreu em 2011, durante uma troca de tiros entre rebeldes e seus apoiadores.

O ex-ministro teria se comprometido a revelar todos os detalhes do caso, como de que maneira o dinheiro foi gasto, se o acordo de fato for assinado com o Ministério Público.

A legislação eleitoral brasileira proíbe o recebimento de recursos financeiros de procedência estrangeira. Partidos podem ter seus registros cancelados se a prática for comprovada.

O Instituto Lula informou que não comentaria o assunto.

Palocci foi condenado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em junho deste ano. Ele negocia um acordo de delação premiada para reduzir sua pena.

Em depoimento ao juiz Sergio Moro em setembro, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalizou um “pacto de sangue” no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o final do governo Lula e os primeiros anos do governo Dilma.

No mesmo mês, em carta enviada ao PT, pediu sua desfiliação do partido e afirmou que Lula sucumbiu “ao pior da política”.

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