Desta vez, foi difícil pôr em pé o Galo da Madrugada. Com a chuva e problemas estruturais, a tradicional montagem do Carnaval do Recife foi encerrada com meio dia de atraso. As dificuldades com aquele que é apontado como o maior bloco do mundo exemplificam o momento de transição do Carnaval pernambucano, em que o maracatu perde espaço e o tradicional frevo segue ainda mais forte.
Neste sábado (10), como é a tradição, o Galo animou uma multidão. Completando 40 anos, o Galo – que saiu de um público inicial de 75 foliões para reunir cerca de 2 milhões, conforme estimativa de sábado dos organizadores – ganhou tons de verde e laranja. Seis carros alegóricos, centenas de passistas, bonecos gigantes e 40 artistas (locais e nacionais) se revezaram nos trios, cantando frevo, o ritmo oficial da festa. No total, o cortejo teve mais de 30 trios, percorrendo os seis quilômetros do trajeto oficial.
Aniversariante, a cantora Vanessa da Mata estreou como uma das principais atrações. Elba Ramalho, Alceu Valença e Fafá de Belém ajudaram a comandar a festa.
O Galo da Madrugada já inspirou o Carnaval de outros Estados e até no exterior. Desde 1992, Brasília tem o desfile do Galinho da Madrugada. Outros exemplos são o Galo do Porto, em Porto Alegre, e o Galo na Neve, da cidade de Trois-Rivières, em Quebec (Canadá).