Em estratégia para tentar mostrar capacidade de fazer avançar as reformas e desviar o foco das denúncias contra o presidente Michel Temer, o governo agora trabalha com a possibilidade de votar a reforma da Previdência no 1º turno na Câmara dos Deputados entre os dias 3 e 7 de julho – daqui a duas semanas, portanto.
“O trabalho começa na semana que vem”, afirmou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS). O Executivo trabalhará para convencer os partidos a fecharem questão a favor do projeto e, com isso, retomar a onda que julgava crescer pela aprovação da medida, antes da delação da JBS desestabilizar o governo.
O PMDB será o primeiro a fechar questão a favor da reforma da Previdência, disse Perondi. Ainda não está marcada a data.
A ideia é aprovar o primeiro turno da PEC da Previdência em plenário antes do recesso parlamentar, que vai de 17 a 31 de julho. A segunda votação ficaria para depois do recesso de duas semanas. Esse calendário é considerado apertado e complicado por líderes da base, que lembram que o governo já tinha dificuldade de votar a proposta antes mesmo da crise política se intensificar.
O calendário depende ainda da votação da reforma trabalhista no Senado Federal. O governo espera que os senadores concluam a análise do projeto no dia 27 de junho em plenário. As informações são de Valor Econômico.