Governo pressiona PSD por apoio e ameaça demitir presidente da Telebras

O governo de Jair Bolsonaro aumentou a pressão pelo apoio do PSD. O partido tem se distanciado do presidente, mas mantém cargos na administração federal. Na 6ª feira (9.jul.2021), o governo ameaçou demitir Jarbas José Valente, presidente da Eletrobras indicado pela bancada de deputados do partido.

O objetivo é ter o apoio declarado ou ao menos a neutralidade da sigla de Gilberto Kassab. Internamente, no entanto, a pressão não mudou a orientação de manter distância do governo.

Bolsonaro, segundo o PoderData, está no seu pior momento: 61% dos brasileiros rejeitam o seu governo. Em simulações para 2022, Lula está perto de ganhar o pleito no 1º turno.

Kassab tem dado entrevistas críticas a Bolsonaro. Questiona, inclusive, a sua capacidade de disputar com chances de vitória a reeleição em 2022.

Deputados do partido conversaram sobre a pressão ao longo do dia e decidiram manter o distanciamento do governo. Mesmo que isso custe cargos que o partido tem.

Até o momento, esse afastamento não significa boicotar a pauta econômica. O acerto, porém, pode mudar a depender dos próximos passos do governo, relataram deputados do partido ao Poder360 sob a condição de anonimato.

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O trabalho do presidente Jair Bolsonaro é rejeitado por 61% dos brasileiros, enquanto 33% aprovam. As informações são do PoderData. As últimas vezes em que a desaprovação atingiu taxa semelhante foram nos finais de março e de maio. Nas duas, estava em 59% ­–dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais, em relação ao nível atual. Outros 6% dizem não saber como responder.

Tanto a avaliação de Bolsonaro quanto a aprovação do governo, no entanto, mostram certa resiliência do eleitorado mais fiel ao presidente. Os 26% que o avaliam como bom ou ótimo variaram apenas dentro da margem de erro nos últimos 4 meses, oscilando na faixa de 24% a 28%. No mesmo período, o grupo que aprova o governo mantém-se sempre perto de 1/3 do eleitorado.

Os números vêm em um momento em que o governo enfrenta pressão pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, que tomou um novo rumo depois das acusações de irregularidades em contrato do governo para compra de vacinas Covaxin.

Poder360

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