Governo Temer tem três pré-candidatos

Eliseu Padilha

O Palácio do Planalto trabalha com três pré-candidatos à sucessão do presidente Michel Temer nas eleições de 2018. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, são considerados hoje o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB).

As informações foram reveladas em entrevista à rádio “CBN”. Na ocasião, o aliado de Temer destacou respeitar a pré-candidatura de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, mas explicou que o PSDB tem um “projeto de poder próprio”.

Segundo ele, os sete maiores partidos que compõem a base já se reuniram para debater a questão. De acordo com o ministro, PV, DEM, PRB, PR, PSD e PTB decidiram ter uma posição de defesa do governo Temer para a sucessão presidencial do ano que vem.

“Os partidos da base terão uma postura uníssona na sucessão presidencial. Nós da base, os sete maiores partidos, fixamos essa questão, que teremos um projeto único de poder. Temos preferência por um candidato de um dos nossos sete partidos. Se tivermos que fazer algum tipo de pacto tem que respeitar o legado do presidente Michel Temer. Tem o Henrique Meirelles que está sendo cogitado. Rodrigo Maia que está sendo cogitado. Temos nomes para isso. Alckmin é candidato do PSDB, um projeto de poder próprio. Respeitamos a candidatura. Esses dois nomes já estão sendo falados pela população, Maia e Meirelles, e seguramente teremos outros nomes. Do PMDB, ouço falar do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung. Já foi mencionado por parlamentares como candidato”, disse na entrevista.

Padilha tem tido uma postura refratária ao PSDB desde que a legenda aprofundou seu processo de afastamento do governo. Tanto que, no fim de novembro, após Alckmin sinalizar que o partido iria desembarcar da Esplanada, Padilha destacou que a sigla já não fazia parte da base aliada. A declaração foi dada antes mesmo que os ministros tucanos começassem a deixar seus cargos.

Reeleição. Apesar de Padilha ter destacado três nomes para a sucessão de Temer que poderiam ganhar o apoio da base, o presidente, em entrevista uma semana antes à rádio BandNews, afirmou que ele próprio pode ser candidato, embora tenha enfatizado que ainda falta muito tempo para essa definição. “Poder ser (candidato), claro que poderia. Mas não é meu desejo”, afirmou. Na ocasião, Temer confirmou que o governo terá candidato e que quem receber o apoio terá que defender as reformas e o legado de sua gestão. A última pesquisa Ibope de popularidade mostrou que apenas 6% dos brasileiros aprova o governo.

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