Operações realizadas pela Polícia Federal e Receita Federal no Rio Grande do Norte trouxeram à tona uma realidade incômoda para os potiguares. O Estado está inserido na rota internacional do tráfico de drogas. Em todo ano de 2019, a PF apreendeu cerca de 10 toneladas de drogas, sendo quase 6 de cocaína, que seriam transportadas para a Europa.
A maioria as ações ocorreu no Porto do Natal, no bairro da Ribeira. Em via de regra, a substância ilícita é embalada em pacotes e escondida dentro de contêineres que também carregam frutas como o melão ou manga. Um dos motivos que estimulam essa prática aqui no Estado é a ausência de um escâner para verificar a presença de armas ou drogas nos contêineres depois que são lacrados. Ainda não há previsão para aquisição do aparelho.
A última operação da PF ocorreu na madrugada de 8 de dezembro, na Grande Natal, quando cinco pessoas foram presas e 1,2 tonelada de cocaína apreendida. A droga estava dividida em quatro locais: um contêiner que era transportado por caminhão ao Porto de Natal e atrás de paredes falsas em três galpões em Parnamirim.
Com base em levantamentos realizados, a PF começou a acompanhar a movimentação no entorno dos galpões que se revelou atípica, tendo sido descoberto que um deles foi alugado com documentos falsos.
A utilização de galpões na Grande Natal para contaminação de contêineres com cargas refrigeradas de frutas com destino na Europa já havia sido objeto de investigações anteriores da PF que resultaram em apreensões de grande quantidade de cocaína.
No contêiner que era transportado por caminhão para o porto de Natal e tinha como destino final a Dinamarca, foram encontrados diversos tabletes de cocaína misturados a uma carga de melão. Outros tabletes foram encontrados em cômodos escondidos por paredes falsas dentro dos três galpões.
*Portal No minuto